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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Ainda dá tempo, São Paulo. Só metade do “golpe da água” foi dado

Autor: Fernando Britto


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Moradores de São Paulo (e também os de Minas e do Rio de Janeiro) precisam saber o que está acontecendo.
A corrida de Geraldo Alckmin para iludir a população com aquela história de “a água  está garantida até o final de 2015″ que Alckmin usava até a véspera da eleição de primeiro turno está desmoronando.
Não haverá chuvas fortes ainda esta semana e o calor não dará muita trégua.
De 1° de outubro para cá foram gastos 22 bilhões de litros do que resta. E o que resta, hoje, são 43,7 bilhões de litros.
É só fazer a conta, coisa que não parece ser ao gosto dos “jornalões” de São Paulo.
A imprensa paulista continua tratando “discretamente” o assunto, mas o fato que os números mostram é que até o dia 5 a  Estação de Santa Inês, que trata a água que vem do Cantareira, recebe menos água: nos cinco primeiros dias de outubro, eram 21,64 mil litros de água por segundo; a média ontem já havia baixado para 20,55 mil litros por segundo.
Meu filho, que mora na Água Fria (eu brinco com ele, dizendo que o bairro vai mudar de nome  para apenas “Fria”) tinha a água cortada, dois ou três dias por semana, depois das 2o horas.
Agora passou a ser todos os dias, após as 18 horas.
Isso na Zona Norte, ao pé da Serra da Cantareira.
Na Zona Oeste da cidade é ainda pior, como a Folha registra.
Em lugar de vir cortando pouco há meses, Alckmin optou por fingir que nada acontecia e deixou a situação chegar “no talo” para garantir votos.
Agora, São Paulo tem água para um mês, se São Pedro der uma “mãozinha”, o que não vem acontecendo.
Resta saber se São Paulo, até o segundo turno, vai perceber o que o PSDB fez com ele.
Com o povão, é claro, porque a turma “diferenciada” fica na seca, mas é Aécio.
Aliás, Alckmin conta com isso, porque com Aécio na presidência, fica mais fácil “sangrar” o já seco Paraíba do Sul para enfrentar a virada 2015/2016.
Aí, além de São Paulo, vamos ter crise também no Vale do Paraíba e no Rio, também.
Depois não reclamem dos quebra-quebras, não é?

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