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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Merval é Carnaval

Merval é Carnaval, por Marcos St, no GGN

Lembra de ter ouvido a imprensa dizer que as máscara de Graça Foster, entre outras, "seria um sucesso" neste carnaval?
Parece que o povo teve uma idéia mais coerente.....

A Máquina de Forjar Notícias


Os jornais de quarta-feira (11/2) trazem alguns exemplos de como o filtro da mídia distorce a realidade a ponto de produzir contextos obscuros e, muitas vezes, contraditórios. A explicação é bastante simples: como o interesse do produto jornalístico não é informar, mas causar determinado estado de espírito, tudo de relevante que acontece é tratado com o mesmo viés, colocado numa forma de um mesmo padrão – mas as peças resultantes não se ajustam, ou, quando se encaixam, formam um desenho que não faz sentido.
Vamos exemplificar com algumas notícias do dia.
Primeiro, o movimento do novo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em seu esforço por ganhar relevância no cenário político: ao patrocinar uma votação que obriga o Executivo a honrar as emendas parlamentares, ele coloca o Parlamento em choque com as medidas que o empresariado (e a imprensa) vem defendendo – e com as quais o governo havia concordado; ao excluir o Partido dos Trabalhadores da comissão que deve planejar a reforma partidária-eleitoral, ele tira os governistas de um contexto controverso, porque sabe-se que o Congresso não quer uma reforma para valer.
Assim, o potencial de aumento das despesas públicas provocado pelo favor que o presidente da Câmara faz a seus pares cria argumentos para o Poder Executivo buscar recursos em outra fonte, como, por exemplo, na tributação de grandes fortunas, o que certamente favoreceria a popularidade da presidente da República. Ao mesmo tempo, limpa o terreno para uma reaproximação entre o governo e as lideranças sindicais. Por outro lado, sem cargos na comissão da reforma política, o PT assume o papel em que historicamente fica mais à vontade: o de oposição crítica.
Sabe-se que o deputado Cunha é basicamente um negociador, e que seus movimentos iniciais são parte da estratégia para estabelecer um patamar de poder a partir do qual poderá comandar aquela parcela do Congresso que os jornalistas chamam de “baixo clero” – que sobrevive politicamente à base de verbas obtidas com emendas ao orçamento.
O que não se sabe, mas pode-se conjecturar, é se o novo presidente da Câmara alimenta ambições maiores e que talvez esteja de olho na proposta de impeachment da presidente da República, que vem sendo estimulada pela imprensa.
Desculpas ignoradas
Outra notícia relacionada ao embate entre o Legislativo e o Palácio do Planalto dá conta de que o presidente da Câmara pretende convocar todos os ministros para darem explicações sobre seus planos de governo. O potencial de conflitos nesses encontros – que podem se transformar em interrogatórios constrangedores – colocaria em risco a aliança governista, e é preciso lembrar que a caneta dos cargos e verbas fica com o Executivo, o que poderia produzir um tiro pela culatra.
Além disso, mas sem esgotar a lista dos temas controversos trazidos à agenda pública pela imprensa, convém observar que o escândalo da Petrobras ficou subitamente ausente das manchetes. A decisão do Supremo Tribunal Federal, de arquivar o inquérito contra políticos paulistas do Partido Democratas e do PSDB no caso dos trens metropolitanos, ganha destaque e alimenta suposições de que a Justiça oferece tratamentos desiguais conforme a origem do delito.
Por mais que acredite no que lê, o cidadão pode achar suspeita a diferença entre os dois casos de corrupção. Num deles, o noticiário aponta diretamente para o núcleo político do governo federal e criminaliza a Petrobras; no outro, a imprensa criminaliza empresas supostamente corruptoras, inocenta o Metrô e a Companhia de Trens Metropolitanos e reduz tudo a um caso de cartel, fazendo de conta que o esquema funcionou por vinte anos sem a participação de políticos.
O processo iniciado com a Operação Lava Jato vai demorar muito tempo, e não há como manter o assunto nas manchetes diariamente, a não ser como exercício de campanha, com a administração seletiva de vazamentos do inquérito. Assim, a imprensa aproveita qualquer citação para requentar o assunto, criando um clima de apocalipse em relação à Petrobras.
Os jornalistas sabem que o processo ainda tem muito terreno pela frente, e quando estiver no fim, ainda será preciso determinar as responsabilidades de quem irá prover recursos para atender aos pedidos de indenização e compensações financeiras que vierem a ser atendidos pela Justiça.
A mídia tradicional ignora o histórico da corrupção e trata de amplificar qualquer suspeita sobre personagens ligados de alguma forma ao governo. O caso do geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração da estatal, é exemplar: a acusação que lhe foi feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, ganhou destaque imediato; o desmentido e o pedido de desculpas da emissora (ver aqui) foram praticamente ignorados pela mídia.
É assim que funciona.


http://jornalggn.com.br/noticia/a-maquina-de-forjar-noticias

Globo atribui afundamento da P-36 à Dilma, mesmo que o acidente tenha ocorrido em 2001

Globo "erra" de propósito ou pelo menos não se corrigiu, enfim, o que importa mesmo é colocar a mentira na boca do povo e assim transformar este pais num exército de desinformados......e olha lá que depois que a emissora proibiu qualquer menção a FHC envolvendo problemas na Petrobrás a coisa só piorou e andam acontecem umas coisas estranhas na redação da Vênus Platinada...

  Por Miguel do Rosário, no Tijolaço


p36

Quando você pensa que já viu tudo, quando o festival de mentiras e manipulações parece ter atingido o máximo, eis que a Globo nos brinda com uma mentira ainda mais grotesca.
A internauta @lolaspfc, assistindo Globonews, fotografou o momento em que a Globonews “errou” a data do acidente da P-36, informando que ele teria ocorrido em 2011, no primeiro ano do governo Dilma, quando todos sabem que ele aconteceu em 2001, penúltimo ano do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB.
A notícia foi dada para “lembrar” acidentes anteriores da Petrobrás, durante reportagens para contextualizar o incêndio num navio-plataforma (pertencente à uma empresa norueguesa, é bom salientar) no litoral do Espírito Santo, ocorrido há alguns dias.
Errar em 10 anos a data do maior acidente da história da Petrobrás me parece um pouco demais, até mesmo para a Globo.
É o tipo de erro que só acontece de um lado.
E ele ocorre na mesma época em que uma diretora da Globo envia mensagem escrita para todos os editores, ordenando a remoção de qualquer menção ao nome de FHC em denúncias contra a Petrobrás.
Aliás, tem outra. Na mesma Globonews (mostrando que a ordem da diretora foi cumprida), as chamadas que se referem aos problemas da Petrobrás na era tucana foram designadas como problemas ocorridos em “período que antecede o governo petista”.
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Maneira brilhante de, mesmo quando se refere a crimes cometidos em era tucana, marcar na mente do telespectador apenas o nome do PT.
Então estamos combinados, amigos. A crise cambial de 1999, a explosão do desemprego e recessão que ocorreram nos anos de 1999, 2000 e 2001, as tentativas de privatizar a Petrobrás, implantar a Alca, e construir plataformas de petróleo em Cingapura e Coréia do Sul (e não no Brasil), não se deram durante o governo FHC, mas no “período que antecede o governo petista”.
A fonte da primeira denúncia é o blog da Maria Fro, o da segunda, oContrapontonews.

Recuperação da confiança na Petrobrás não virá da mídia

Autor: Miguel do Rosário

A recuperação da confiança da população brasileira na solidez da Petrobrás não virá da mídia entreguista e manipuladora.
Virá dos trabalhadores da Petrobrás.
A eleição de Deyvid Bacelar para o Conselho de Administração da Petrobrás é uma lufada de oxigênio nacionalista num ambiente envenenado de mentiras.
Como diria Cazuza, um ambiente carregado de “mentiras sinceras” que interessam a outros agentes, que não ao Brasil, sobretudo àquele tio ossudo e narigudo que alguns chamam de Uncle Sam…
A eleição de Bacelar mostra que uma parcela crescente dos trabalhadores da Petrobrás já percebeu o jogo sujo da imprensa conservadora, tentando transformar os escândalos de corrupção da Petrobrás, que finalmente estão sendo investigados, em pretexto para a privatização da empresa ou mudança de suas orientações para um sentido menos nacionalista, como, por exemplo, acabar com a política de conteúdo nacional, conforme já sugeriu o Globo, em parceria com seu novo grande herói, Paulo Roberto Costa.
Para a mídia brasileira, os herois da Petrobrás são seus bandidos, operadores e lobistas que tentam fugir das garras da lei com delações combinadas com a própria mídia, num joguinho sujo de comadres.
Felizmente, pela entrevista aí embaixo, com Bacelar, os trabalhadores da Petrobrás estão aprendendo a se vacinar contra esse tipo de manipulação.
Eles criticam a mídia e a comunicação da estatal, que ao invés de inovar, de falar aos trabalhadores e à sociedade, de usar mais o blog da Petrobrás, só sabe se defender dando dinheiro pra Globo.
Segue link para texto na íntegra

http://tijolaco.com.br/blog/?p=24767

As razões de um canalha contra o Brasil

Autor: Fernando Brito

canalha
O Globo oferece espaço ao ladrão Paulo Roberto Costa, hoje, para atacar a decisão da Petrobras de construir navios e sondas de petróleo no Brasil.
Diz ele que a decisão foi “política”, não técnica.
É claro que foi: foi uma decisão de política industrial que privilegia a produção nacional, o emprego nacional e a capacidade tecnológica nacional.
Ou seja, que privilegia o Brasil.
Pode ter havido desvios em contratos? Pode e deve ser apurado.
Mas, da mesma forma, pode-se desviar – e até com mais facilidade, pois o dinheiro já está lá fora – na compra ou no afretamento destes equipamentos no exterior, se o contratante é um ladrão.
Diz o jornal:
“Em um dos depoimentos de sua delação premiada, divulgado na quinta-feira, Costa afirmou que a decisão de produzir navios para a Petrobras no Brasil “foi política e não técnica”, elevando os custos da estatal. Segundo ele, era muito mais barato e vantajoso encomendar de estaleiros da Coreia do Sul, por exemplo.”
Eu, particularmente, acho que teria sido “mais barato e vantajoso” ter mandado o senhor para a Coreia, mas a do Norte.
Mas, senhor ladrão, permita-me uma pergunta:
A sua decisão de roubar foi técnica ou  política?
Assim como poderia ter saído mais barato comprar um navio lá fora, não teria sido mais barato fazer contratos como os que o senhor fez sem embutir a propina?
O senhor, senhor ladrão, ignora os milhares  de encomendas, de empregos, de renda para os trabalhadores brasileiros que isso gerou – e gera ainda, apesar do que o senhor fez – e para suas famílias?
Por que a família dos operários não conta, se o senhor locupletou sua mulher, filhas e genros – todos perdoados no atacado pelo ínclito juiz Sérgio Moro –  com o dinheiro proveniente de sua roubalheira?
Só num país onde a imprensa se acanalhou um bandido como o senhor tem espaços nos jornais para deitar regras sobre o que seria uma decisão “técnica”.
O senhor é um ladrão, e ainda haverá quem lhe diga isso com todas as letras e sem temor, porque este estigma está em sua testa, por mais que o fantasiem de “salvador do país” e  “esperança dos honestos”.
Porque é ladrão e ladrão da pior espécie, o ladrão público, que o senhor é.
Por maiores que sejam seus arreglos com a Justiça e com a mídia, por mais que se acovardem os que devem enfrentá-lo, não há como tirar esta marca do senhor, nem em mil anos.
E em algum lugar há de haver gente capaz de chamá-lo assim, como o que o senhor é: ladrão.

Delator desmente, mas jornais condenam Dirceu

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Advogada Beatriz Catta Preta nega, em nome do empresário Julio Camargo, a quem defende no caso da Lava Jato, as afirmações feitas pelo delator Alberto Youssef de que Camargo teria uma relação "muito boa" com o ex-ministro José Dirceu; ela afirma se tratar de uma "ilusória e absurda conclusão", uma vez que se baseia apenas no fato de que o petista teria viajado no avião do empresário; segundo ela, "a aeronave em questão, qualificada como táxi aéreo, era deixada sob a administração da TAM", que cuidava inclusive do afretamento; ela ressalta que as afirmações do doleiro, feitas em outubro em delação premiada, são "absolutamente inverídicas"; nos jornais de hoje, no entanto, Dirceu já foi condenado

Leia o artigo na íntegra

Jornal O Globo publica notícia falsa sobre Palácio do Planalto

 
Jornal GGN - O Palácio do Planalto se pronunciou contra matéria divulgada pelo O Globo, neste sábado (14.02). A matéria - já tirada do ar - atribuía ao Palácio do Planalto a alteração de um artigo chamado “Muçulmanos” na Wikipédia, acrescentando críticas aos membros da religião.
 
O Planalto esclarece que o jornal errou ao não reparar que o IP, ou seja, a identidade do aparelho que alterou publicação, não é da Presidência. "Se o jornal quisesse publicar a verdade, deveria, no mínimo, ter feito uma busca no portal Registro.br no qual teria confirmado que o IP não é mesmo da Presidência", pontua o órgão, em nota. O Planalto criticou, ainda, a informação final da matéria de que a Presidência não tinha se pronunciado até o fechamento da edição.
 
"A troca de emails entre o jornal, a Secretaria de Imprensa da Presidência e a assessoria da Secretaria Geral começou às 20h22 [de sexta-feira, dia 13.02], com o pedido do repórter e terminou às 00h14 com a informação final de que o IP não era mesmo da Presidência", responde. 
 
Veja a nota na íntegra e, em seguida, as retificações do jornal O Globo
 
 
 
Sábado, 14 de fevereiro de 2015 às 14:13
 
Matéria do jornal O Globo “Wikipédia: computador do Planalto muda verbete sobre muçulmanos”, publicada neste sábado (14), atribui falsamente a IP do Palácio do Planalto alteração em artigo “Muçulmanos” na Wikipédia.
 
O jornal não teria dado essa barrigada se tivesse se dado ao trabalho de fazer pesquisa básica no portal Registro.br para checar a informação. Se o veículo quisesse, de fato, divulgar a verdade, teria esperado a resposta enviada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, conforme especificado nos horários de início e fim do atendimento na nota.
 
Confira a nota na íntegra:
 
Em resposta à matéria “Wikipédia: computador do Planalto muda verbete sobre muçulmanos”, publicada na edição deste sábado, 14, no Jornal O Globo, a Secretaria-Geral da Presidência da República esclarece:
- O jornal publicou uma informação falsa. O IP que alterou o artigo “Muçulmanos” na Wikipédia não é da Presidência.
- Se o jornal quisesse publicar a verdade, deveria, no mínimo, ter feito uma busca no portal Registro.br no qual teria confirmado que o IP não é mesmo da Presidência.
- Também não é verdade que a Presidência não se pronunciou até o fechamento da edição. A troca de emails entre o jornal, a Secretaria de Imprensa da Presidência e a assessoria da Secretaria Geral começou às 20h22 com o pedido do repórter e terminou às 00h14 com a informação final de que o IP não era mesmo da Presidência.
 
 
 
Artigo recebeu parágrafo no qual seguidores da religião são criticados
 
POR DANILO MOTTA
 
RIO — Ao contrário do que O GLOBO informou na sexta-feira, o Palácio do Planalto negou que a alteração de um verbete na Wikipédia tenha partido de uma rede governamental. De acordo com denúncia do @BrWikiEdits, perfil no Twitter que posta na rede social um aviso sempre que uma rede governamental faz uma atualização em algum verbete, um IP (200.181.15.25), identificado como sendo do Palácio do Planalto, teria editado o artigo "Muçulmanos" na enciclopédia colaborativa, acrescentando críticas aos seguidores da religião.
 
Na nova versão, recheada de erros de ortografia, um parágrafo foi adicionado logo na introdução. Com a edição, a página diz que os muçulmanos “julgam muito mais que os cristãos eles são obsecados pela religião e tem na tradição uma oferenda que quem não perde a virgindade até 18 anos está condenado e espulso da religião e não deve mais morar com a fámilia se for muçulmana” . A mudança já foi removida do site.
 
A Wikipédia é uma enciclopédia colaborativa cujos artigos podem ser alterados por qualquer internauta. Quando a modificação é feita anonimamente, o IP – código que identifica os acessos à internet – do computador que a fez aparece como autor da nova versão.
 
Nas últimas semanas, foram denunciadas a utilização da rede da Dataprev para mudar a página de São Judas Tadeu, e a rede da Polícia Federal editou o perfil da atriz Paolla Oliveira.
 
Na sexta-feira, a assessoria de imprensa do Planalto disse que repassou a informação para a Secretaria-Geral da Presidência "para as devidas providências". Segundo o órgão, uma investigação interna realizada no ano passado identificou e puniu o servidor envolvido em alterações irregulares na Wikipédia. Já a Secretaria-Geral afirmou que iniciou a investigação para apurar o caso.
 
Leia abaixo a nota oficial do Planalto:
 
"Em resposta à matéria "Wikipédia: computador do Planalto muda verbete sobre muçulmanos", publicada na edição deste sábado, 14, no Jornal O Globo, a Secretaria-Geral da Presidência da República esclarece:
 
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- O jornal publicou uma informação falsa. O IP que alterou o artigo “Muçulmanos” na Wikipédia não é da Presidência.
 
- Se o jornal quisesse publicar a verdade, devereria, no mínimo, ter feito uma busca no portal Registro.br no qual teria confirmado que o IP não é mesmo da Presidência.
 
- Também não é verdade que a Presidência não se pronunciou até o fechamento da edição. A troca de emails entre o jornal, a Secretaria de Imprensa da Presidência e a assessoria da Secretaria Geral começou às 20h22 com o pedido do repórter e terminou às 00h14 com a informação final de que o IP não era mesmo da Presidência."

Fazenda nega mentira espalhada no Whatsapp

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O Ministério da Fazenda descartou qualquer intenção de confiscar a poupança ou outras aplicações financeiras; em nota, a pasta qualificou de falsas as informações que circulam na mídia social sobre o assunto; de acordo com o ministério, chefiado por Joaquim Levy, foi detectado um volume expressivo de troca de mensagens, principalmente no aplicativo Whatsapp, dando conta do confisco de aplicações financeiras

13 DE FEVEREIRO DE 2015 ÀS 16:14



Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - O Ministério da Fazenda descartou, hoje (13), qualquer intenção de confiscar a poupança ou outras aplicações financeiras. Em nota, a pasta qualificou de falsas as informações que circulam na mídia social sobre o assunto.


“Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do Ministério da Fazenda”, destacou o comunicado.
De acordo com o ministério, foi detectado um volume expressivo de troca de mensagens, principalmente no aplicativo Whatsapp, dando conta do confisco de aplicações financeiras. Isso motivou a emissão da nota oficial.

Quem são os brasileiros que guardam $20 bilhões no HSBC?, por Miguel do Rosário

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O escândalo do HSBC ou Swissleaks revela a hipocrisia abissal da nossa imprensa corporativa.
O caso traz o nome de milhares de indivíduos, muitos super-ricos, que escondiam fortunas no exterior, evitando o pagamento de impostos em seus países.
Para a nossa mídia, escândalos só tem importância se puderem ser usados como arma política para detonar o PT e o governo.
O Brasil é um dos países com maior número de pessoas envolvidas na evasão fiscal  e lavagem de dinheiro proporcionadas pelo HSBC, e até agora, à diferença de diversos outros países, onde o caso domina a agenda jornalística, nossos jornais vem abafando o caso.
O único grande órgão de imprensa a manter a guarda dos nomes  dos brasileiros envolvidos é o UOL, que já declarou que irá divulgar apenas se “houver interesse público”.
Em outras palavras, os nomes apenas serão divulgados se puderem ser usados para jogar lenha em algum escândalo da imprensa e incorporados a alguma narrativa midiática.
É o que fez Fernando Rodrigues, que divulgou apenas os nomes envolvidos no escândalo do HSBC que também constam no inquérito da operação Lava a Jato.
Com extraordinária submissão, Rodrigues garante que outros nomes não irão vazar, apesar de informar que, no caso do Brasil, “são 6.606 contas bancárias (que atendem a 8.667 clientes) e um valor movimentado/depositado (em 2006 e/ou 2007) de cerca de US$ 7 bilhões – o equivalente a cerca de R$ 20 bilhões, um montante próximo ao que o governo da presidente Dilma Rousseff precisa economizar em 2015 para fazer o ajuste fiscal do país.”
20 bilhões de reais!
Rodrigues admite que, na lista, há “empresários, banqueiros, artistas, esportistas, intelectuais”.
Onde estão esses nomes? Por que não revelá-los?
O caso poderia gerar a um debate sobre o crime que mais retira recursos da economia brasileira: a sonegação e a evasão fiscal.
Mas esses assuntos são evitados por nossa imprensa com um fervor religioso.
Recentemente, a organização Tax Justice divulgou duas notícias envolvendo o Brasil que foram completamente abafadas por nossa grande imprensa.
Primeiro, foi o ranking internacional dos países que mais detêm fortunas em paraísos fiscais. O Brasil está em quarto lugar, com nossos super-ricos guardando no exterior, ilegalmente, mais de R$ 1 trilhão.
Em seguida, a mesma ONG divulgou outro estudo, posicionando o Brasil em segundo lugar no ranking dos países com maior taxa de evasão fiscal do mundo, só perdendo para a Rússia. Sendo que, em valor total, o Brasil sonega 280 bilhões de dólares por ano, contra 211 bilhões da Rússia.
Em valor, o Brasil só perde para os EUA.
A evasão fiscal dos EUA foi estimada em 337 bilhões de dólares, mas isso corresponde a somente 2,3% do PIB de lá.
A nossa evasão fiscal corresponde a 13,4% do PIB!
O engraçado é que a mídia poderia, facilmente, usar essa informação para bater no governo, exigindo maior controle sobre o vazamento de nossas divisas.
Por que não o fez?
Porque essa é uma crítica que a mídia não quer fazer ao governo.
O Globo prefere (como volta a fazer hoje), naturalmente, defender o ajuste fiscal do Levy, que ao lado de corrigir algumas distorções, dá umas mordidas desnecessárias em direitos dos trabalhadores.
Imagina se o Globo vai defender que a busca do saneamento das contas públicas se dê pelo aumento de rigor sobre a evasão fiscal?
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A nossa mídia prestou um silêncio obediente em relação ao escândalo de sonegação da Globo.
Foi um fenômeno incrível, mas que serviu maravilhosamente para iluminar a hipocrisia da nossa mídia.
O abafamento do escândalo revelou a existência de um cartel poderoso, encabeçado pela Globo, que exerce um controle absoluto sobre milhares de outras empresas de mídia.
Ninguém fala mal um do outro.
A nossa mídia é uma espécie de Estado Islâmico. Jornalista que foge à regra, tem sua cabeça cortada em frente às câmeras. Empresa afiliada ao cartel que divulga escândalo incômodo, perde contratos de publicidade.